Tabuleiro do Viaduto do Corgo fica concluído hoje

A última betonagem que vai unir todo o tabuleiro do Viaduto do Corgo, que possui uma extensão de 2.796 metros e está localizado em Vila Real, é feita esta sexta-feira, anunciou a concessionária Auto-estradas XXI.

O director geral da Auto-estradas XXI, Rodrigues de Castro, disse à agência Lusa que se trata da "betonagem da aduela do fecho central", que vai ligar uma parte à outra do tabuleiro.

Faltam apenas dois metros para "que se unam as pontes" e assim se concluam os 2.796 metros de comprimento da estrutura.

Inserido na Auto-estrada Trasmontana, entre Vila Real e Bragança, o Viaduto do Corgo é a maior obra de arte em construção no país e vai ser também o viaduto mais alto construído em Portugal.

Rodrigues de Castro referiu que esta última betonagem é um"ato simbólico" que vai ser assinalado com a tradicional cerimónia do "pau de fileira" que celebra a conclusão da estrutura principal desta obra.

Depois, falta ainda fazer os acabamentos, nomeadamente a parte dos passeios, as guardas de segurança, juntas de dilatação e colocação do betuminoso no tabuleiro.

O responsável referiu que esta obra de arte deverá abrir ao trânsito no verão deste ano.

Soares da Costa prepara reestruturação que pode afectar 900 postos de trabalho

Construtoras já cortaram mais de quatro mil empregos

Devido à crise que afecta o sector da construção civil em Portugal, a Soares da Costa empresa de renome Nacional e Internacional quer avançar com uma reestruturação dos seus quadros, que poderá levar a uma redução que pode chegar aos 900 colaboradores.

Segundo fonte da empresa, foi solicitada informação ao Ministério da Economia sobre a possibilidade de exceder o número de casos de rescisão por mútuo acordo, que a lei actualmente limita a um número de 80 trabalhadores. 

A Somague também anunciou a reestruturação em território nacional da empresa fechando a delegação do Porto e abrindo em São Paulo, a empresa admite que os postos de trabalho não estarão em causa.

Brasil bloqueia portugueses no Mundial e Jogos Olímpicos

Bastonário dos Engenheiros acusa o Brasil de bloquear a participação de portugueses nas obras para o Mundial de Futebol e Jogos Olímpicos

O Brasil está a bloquear a participação de engenheiros portugueses em obras destinadas aos jogos Olímpicos e ao Mundial do Futebol, numa altura em que se promove a internacionalização de Portugal, denunciou a Ordem dos Engenheiros.

"Lamento e preocupa-me que sejam aspectos de natureza puramente burocrática que condicionam ou atrasam a ida de engenheiros para um país carente de engenharia", disse o bastonário da Ordem dos Engenheiros, Carlos Matias Ramos, em entrevista à Lusa.

O Brasil, um país em expansão económica, que vai receber o Mundial de futebol em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016, precisa neste momento de cerca de 100 mil engenheiros para concretizar estas novas obras, uma oportunidade para os portugueses que têm vantagens culturais e históricas em relação a outras nacionalidades.

Documentário: ADN da Engenharia: Ponte à Prova de Sismos



Richard Hammond revela como os engenheiros construíram uma das pontes mais longas do mundo à prova de sismos. 

Construir uma estrutura de quase três quilometros de extensão sobre a água com 65 metros de profundidade foi praticamente o menor dos desafios de engenharia para cruzar o Golfo de Corinto, na Grécia. A construção atravessaria uma das falhas geológicas mais sismicamente activas da Europa. Protegê-la significaria fazer com que os sedimentos finos do fundo do mar não se transformassem em areia movediça, impedindo seu desmoronamento e contendo as pistas para que não cedam ou batam contra os pilares quando um tremor desencadear grandes choques. 

Richard demonstra os desafios com uma série de máquinas que simulam terremotos e então testa os princípios, muitos deles singulares, aplicados ao engenhoso projeto que mantém a ponte em seu devido lugar. Eles incluem o maior sistema de amortecimento do mundo, que passou com segurança em um teste real durante um sismo de magnitude 6.5 ocorrido em junho de 2008. A proteção contra sismos deixou a ponte potencialmente vulnerável a outras forças da natureza: os fortes ventos que se afunilam no Golfo de Corinto e as improváveis ameaças impostas por brisas e chuvas brandas. 

Para evitar desastres foram necessárias soluções inspiradas em incensos indianos aromáticos, o anel de uma lata de alumínio, um tobogã, uma rede para dormir e algumas chaminés de aço. A ponte, concluída a tempo para as Olimpíadas de 2004, em Atenas, realizou o sonho centenário de ligar duas cidades separadas 300 quilometros por terra, mas apenas meros dois quilometros por água.