A Terceira Travessia do Tejo

Enquadramento paisagístico da Ponte da Terceira Travessia do Tejo
Desde sempre o Tejo, e muito especialmente o seu estuário, constituiu uma barreira natural à comunicação entre margens. A ideia de unir a cidade de Lisboa à margem sul remonta ao século XIX mas, devido às fortes dificuldades técnicas em vencer o rio, só se concretizou em 1966 através da Ponte 25 de Abril. Esta primeira travessia do Tejo, rodoviária e também ferroviária a partir de 1999, originou um forte desenvolvimento da margem esquerda, de Almada a Setúbal, e reforçou intensamente as ligações entre o Norte e o Sul do País.

Em 1998 foi inaugurada a segunda travessia – a Ponte Vasco da Gama, exclusivamente rodoviária, e que originou uma melhoria significativa nas acessibilidades na área metropolitana de Lisboa e uma via privilegiada para o tráfego de passagem entre o Norte e o Sul do país.

Em 1995, foi publicado o diploma legislativo que estabeleceu uma zona de defesa para o corredor Chelas/Barreiro e consagrou a TTT nos instrumentos de planeamento, contendo pressões urbanísticas e especulativas.

A TTT, com uma configuração rodo-ferroviária, permitirá a ligação directa entre o corredor Barreiro/Moita/Seixal a Lisboa. Terá duas vias ferroviárias em bitola ibérica1 para comboios convencionais e duas vias ferroviárias em bitola europeia2 para comboios de alta velocidade. De modo a assegurar a navegabilidade no Canal de Cabo Ruivo, a TTT possui uma estrutura atirantada junto à margem norte.

A TTT permitirá a entrada do eixo de alta velocidade Lisboa-Madrid em Lisboa, permitindo o cumprimento do tempo de percurso directo entre as duas capitais de 2h45m.
A ligação adicional na rede ferroviária convencional fecha o anel ferroviário na Área Metropolitana de Lisboa (AML), ligando a Linha de Cintura à Linha do Alentejo, no Barreiro. Assim, os serviços para o sul do país poderão seguir directamente pela TTT poupando 30 minutos de viagem e descongestionando a Linha de Cintura e a Ponte 25 de Abril, deixando capacidade livre para a melhoria de outros serviços actualmente existentes.

A ligação rodoviária entre o Barreiro e Lisboa permite a concretização de uma ligação rodoviária em falta no único corredor que não tem uma ligação directa e permite inverter a tendência de reforço excessivo das áreas a poente, recentrando a AML em Lisboa.

DETALHES DO PROJECTO:



Excerto Adaptado
Artigo: Avaliação da Qualidade Paisagística da Terceira Travessia do Tejo (TTT) em Lisboa
in: RAVE


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